Terei toda a aparência de quem falhou, e só eu saberei se foi a falha necessária.Dai, suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato...
ou toca, ou não toca.E ao final de tudo, permaneço inerte e feliz p
or que há o direito ao grito.
então eu grito.

..........Clarice Lispector..........
"texto adaptado"

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Seres de palavras de seres

Deitar-me-ei à sua beleza e acordarei sonhando.
Debruço-me em um texto velho, com esperanças novas, vagas , loucas visões. Espero acaso brando, pranto de uma lembrança, encanta , vibra, canta.
Sigo o texto, desperto algo novo em palavras velhas, estreias,  vagos e acasos da escrita perturbada pelo silêncio da ignorância e preguiça. Paro. Penso. Relembro. Continuo a ver um texto velho em novas palavras, rasgo, colo, releio, descubro que as palavras são sempre as mesmas dizendo basicamente as mesmas coisas, revivendo. Comparo-as a um ser, um ver, comparo a tudo. São as palavras humanas ou humanas palavras. Somos feitos de textos, somos feitos de velhos, textos, escritos e apagados, como o passado.
Repenso, refaço, nada sai, nada de novo em meu texto velho, nada de texto em meu novo, nada.
Sou texto, me refaço, reescrevo-me, com as mesmas palavras desdobro-me em outras formas , melhores, piores, somente em outras. dou inicio a um novo texto.

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