Terei toda a aparência de quem falhou, e só eu saberei se foi a falha necessária.Dai, suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato...
ou toca, ou não toca.E ao final de tudo, permaneço inerte e feliz p
or que há o direito ao grito.
então eu grito.

..........Clarice Lispector..........
"texto adaptado"

sábado, 7 de maio de 2011

BOM DIA (...)

Um toque que acorda, o libido que me transtorna, cedo, ao amanhancer sentindo seu cheiro, seu gosto, sentindo em ti a vontade.
Os olhares pouco se veêm, não há tempo para olhares. Eu, ainda dormindo, inocente. É quando chegas de banho tomado, o corpo quente, derretido, como quem acabara de se masturbar, e perceber que ja não adianta mas, não se toca como antes, quando eras mas menina, virgem talvez. Assim, de genital quente, molhada de prazer(...)
Surpreende-me, me acorda desta vez não com um simples beijo de sua boca maravilhosa, acorda-me com um singelo aguaichar de seu quadril sob minha boca sonolenta, menta, talvez outro gosto, não vejo o rosto, apenas o tocar humido e quente de sua genital, e não contrariando, sigo em seu trama. Do-lhe prazer com minha lingua, que rapidamente se excita, e chupa como servo sendo hordenado por ti(...)
Causo-lhe tanta excitação, que lhe vira, lhe controce(...)
Ao cair na cama, lhe dou todo libido do amanhecer masculino, e lhe faço goza sem nem mesmo beija sua boca, em resposta de seu exótico bom dia...

BOM DIA....

terça-feira, 3 de maio de 2011

INFORTÚNIOS DA SEXUALIDADE...

FILÓ, A FADINHA LÉSBICA


Ela era gorda e miúda. Tinha pezinhos redondos. 
A cona era peluda Igual à mão de um mono.
Alegrinha e vivaz feito andorinha
Às tardes vestia-se como um rapaz  para enganar mocinhas.
Chamavam-lhe "Filó, a lésbica fadinha".
Em tudo que tocava deixava sua marca registrada:
Uma estrelinha cor de maravilha
Fúcsia, bordô
Ninguém sabia o nome daquela cô.
Metia o dedo
Em todas as xerecas: loiras, pretas
Dizia-se até...
Que escarafunchava bonecas.
Bulia, beliscava
Como quem sabia
O que um dedo faz
Desde que nascia.
Mas à noite... quando dormia...
Peidava, rugia... e...
Nascia-lhe um bastão grosso
De início igual a um caroço
Depois...
Ia estufando, crescendo
E virava um troço
Lilás
Fúcsia
Bordô
Ninguém sabia a cô do troço
Da Fadinha Filô.
Faziam fila na Vila.
Falada "Vila do Troço".
Famosa nas Oropa
Oiapoc ao Chuí
Todo mundo tomava
Um bastão no oiti.
Era um gozo gozoso
Trevoso, gostoso
Um arrepião nos meio!
Mocinhas, marmanjões
Ressecadas velhinhas
Todo mundo gemia e chorava
De pura alegria
Na Vila do Troço.
Até que um belo dia...
Um cara troncudão
Com focinho de tira
De beiço bordô, fúcsia ou maravilha
(ninguém sabia o nome daquela cô)
Seqüestrou Fadinha
E foi morar na Ilha.
Nem barco, nem ponte
O troncudão nadando feito rinoceronte
Carregava Fadinha.
De pernas abertas
Nas costas do gigante
Pela primeira vez
Na sua vidinha
Filó estrebuchava
Revirando os óinho
Enquanto veloz veloz
O troncudão nadava.
A Vila do Troço
Ficou triste, vazia
Sorumbática, tétrica
Pois nunca mais se viu
Filó, a Fadinha lésbica
Que à noite virava fera
E peidava e rugia
E nascia-lhe um troço
Fúcsia
Lilás
Maravilha
Bordô
Até hoje ninguém conhece
O nome daquela cô.
E nunca mais se viu
Alguém-Fantasia
Que deixava uma estrela
Em tudo que tocava
E um rombo na bunda
De quem se apaixonava.

Moral da estória, em relação à Fadinha:
Quando menos se espera, tudo reverbera.

Moral da estória, em relação ao morador
da Vila do Troço:
Não acredite em Fadinhas.
Muito menos com cacete.
Ou somem feito andorinhas
Ou te deixam cacoetes.

HILDA HILST...


Essa história da Hilda é muito engraçada....
Espero que tenham gostado...