sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
Seres de palavras de seres
Deitar-me-ei à sua beleza e acordarei sonhando.
Debruço-me em um texto velho, com esperanças novas, vagas , loucas visões. Espero acaso brando, pranto de uma lembrança, encanta , vibra, canta.
Sigo o texto, desperto algo novo em palavras velhas, estreias, vagos e acasos da escrita perturbada pelo silêncio da ignorância e preguiça. Paro. Penso. Relembro. Continuo a ver um texto velho em novas palavras, rasgo, colo, releio, descubro que as palavras são sempre as mesmas dizendo basicamente as mesmas coisas, revivendo. Comparo-as a um ser, um ver, comparo a tudo. São as palavras humanas ou humanas palavras. Somos feitos de textos, somos feitos de velhos, textos, escritos e apagados, como o passado.
Repenso, refaço, nada sai, nada de novo em meu texto velho, nada de texto em meu novo, nada.
Sou texto, me refaço, reescrevo-me, com as mesmas palavras desdobro-me em outras formas , melhores, piores, somente em outras. dou inicio a um novo texto.
quarta-feira, 18 de abril de 2012
cale-me em ti
Doce prazer, completo como jamais imaginei.Louca intensão que se fez paixão proposta de algo mais.Leva-me ao seu seio, como fonte de primeiro prazer de uma criança, cala, cala-me com seu gosto, próximo ao rosto, seu calor, cheiro, intensão.Faz seu seio o meu porto seguro, meu prazer, esqueço e ignoro todo o que não, ser quer, faça parte daquele momento intenso de prazer, excitação, gratidão, satisfação, olhos de quem está correto, certo, certo de ser. Entrego-me ao libido, encanto-me a sua protuberância que encanta, canta, e de palavras faço-me sentir, em ti, que dentre ao corpo se faz louco e puro, de todo pouco, faz-me tenso, intenso, e ao expressar o inexpressável encontro-me em ponto, e me cala em seu seio.
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